A Operação Verão deste ano começou com o pé esquerdo. Afinal, os bombeiros têm atendido – aqui nas praias do Paraná – uma média alarmante de quase 30 afogamentos por dia. Simplesmente um aumento de 89% em relação à temporada passada.
Quando o assunto é afogamento, a gente logo pensa em alguns conceitos prontos: que a pessoa não sabia nadar; que estava de pileque; que estava nadando lá no fundo ou então em algum lugar perigoso ou mesmo proibido…
Hoje, eu preciso falar com você sobre uma coisa chamada congestão, que pode levar a um grave mal-estar dentro da água.
Em poucas palavras, a congestão – ou indigestão – intestinal pode acontecer quando praticamos alguma atividade física logo após uma refeição mais pesada.
Quando nos alimentamos, muito do nosso sangue fica represado na região intestinal, de maneira a facilitar a digestão e absorção dos nutrientes da comida.
Ao realizar algum esforço físico, nadar por exemplo, nosso organismo naturalmente recruta mais sangue para os músculos, o que descompensa a digestão intestinal. O resultado costuma ser a indigestão associada com desconforto gástrico, refluxo e até mesmo vômitos.
Outra coisa que contribui para a congestão é o choque térmico com a água fria, o que faz com que o sangue também seja recrutado para equalizar a temperatura do corpo, principalmente a da pele.
Então nunca nossas mães e avós estiveram tão certas. Antes de brincar na água, é preciso ter a certeza de que a digestão foi bem resolvida. E isso leva cerca de uma a duas horas. Outrossim, é importante não chutar o balde. Se você acabou de comer uma bela duma feijoada, por exemplo, é evidente que o tempo de digestão será bem maior.
Pense nisso, se cuida e até a próxima.
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