Foto: Paraná Clube/Divulgação
Por mais que o torcedor do Paraná Clube seja apaixonado pelo time, 2025 tem sido especialmente ingrato para quem decidiu apostar no potencial da equipe nos melhores apps de apostas do Brasil. A esperança de ver o clube retomar uma trajetória digna de sua história de grandes conquistas deu lugar à frustração, após a confirmação de mais um rebaixamento no Campeonato Paranaense neste ano.
Esse resultado, confirmado após jogo contra o Cianorte somado ao vazio de não ter divisão nacional, amplia o drama de um Tricolor que já foi sensação no futebol brasileiro.
Queda estadual e nova frustração
A campanha do Paraná no estadual foi marcada por tropeços e desequilíbrio tático. Desde as primeiras rodadas, o time mostrava pouco entrosamento e vinha lidando com um elenco repleto de jogadores sem ritmo. A falta de resultados, somada à enorme pressão das arquibancadas, tornou o rebaixamento quase inevitável.
Curiosamente, a conquista do título da Divisão de Acesso em 2024 chegou a injetar um sopro de esperança na nação paranista, mas, em menos de um ano, tudo desmoronou de novo. A derrota frente ao Cianorte não foi apenas mais um revés: ela simbolizou a crise que parecia latente desde o apito inicial do campeonato.
Lembrança de tempos gloriosos
O contraste com a década de 1990 é gritante. Naquele período, o Paraná colecionava troféus estaduais e faturou até a Série B do Brasileiro em 92, ganhando projeção nacional. A participação na Copa Libertadores em 2007 foi um marco que colocou o clube sob os holofotes do continente, já que se classificava para o torneio apenas quem obtinha excelentes resultados na Série A.
No entanto, a própria temporada de 2007 trouxe o outro lado da moeda: o rebaixamento que deu início a um ciclo de quedas e retornos frustrados, revelando que a sólida imagem construída estava prestes a ruir.
Gestões turbulentas e dívidas crescentes
Nem os mais fiéis torcedores conseguem fechar os olhos para a principal raiz do problema: a má administração. Diversas diretorias, uma após a outra, acumularam dívidas trabalhistas, atrasaram salários e assistiram a promessas da base saírem sem compensação financeira.
Em paralelo, a diretoria frequentemente anunciava planos de modernização e até mesmo tentava recorrer ao Ato Trabalhista para aliviar o caixa, mas a falta de cumprimento das obrigações gerava novas ações judiciais. Hoje, estima-se que o passivo do Paraná ultrapasse os R$150 milhões, minando qualquer chance de investimentos robustos em contratações ou na manutenção de uma infraestrutura decente.
Instabilidade técnica e falta de continuidade
Se a diretoria mostrava dificuldades em segurar o leme, o campo refletia essa confusão. Desde 2013, o clube bateu recordes de trocas de técnicos, numa ciranda interminável que impossibilitava qualquer construção de identidade tática. O mesmo fenômeno se viu na presidência, com frequentes mudanças de comando. A consequência é um planejamento vazio, que a cada temporada se limita a contratar nomes disponíveis de última hora, geralmente parados há meses. Quando os resultados ruins aparecem, a solução imediata vira a demissão do treinador, perpetuando um círculo vicioso que apenas aprofunda a crise.
Patrimônio dilapidado e estrutura comprometida
O Paraná, que nos anos 90 era referência em infraestrutura, hoje vê seus espaços históricos sucumbirem. A Vila Olímpica, outrora emblemática, é usada principalmente para jogos de categorias de base. O CT Ninho da Gralha mudou de dono por causa de uma dívida milionária, e a Vila Capanema, que nem pertence ao clube, segue como grande ponto de interrogação judicial.
Enquanto isso, sedes como Tarumã e Boqueirão foram leiloadas, e a Kennedy serve de garantia para acordos com credores. Essa deterioração coloca em xeque qualquer tentativa de retomar o status de potência regional que o Paraná um dia teve.
Rebaixamentos em série e futuro incerto
Além da queda de 2025, o Tricolor soma outros rebaixamentos recentes, tanto no estadual quanto no Brasileiro. Depois de passar uma década na Série B, o time subiu para a Série A em 2017, mas, em 2018, despencou novamente. A sequência de degolas prosseguiu até a Série D, e agora, sem vaga em nenhuma divisão nacional desde 2023, o Paraná passa a maior parte do ano inativo, o que agrava os problemas financeiros.
Para voltar ao cenário nacional, seria preciso reencontrar o caminho na elite do Paranaense, mas esse novo rebaixamento posterga ainda mais qualquer esperança de recuperação. Sem conclusão à vista, a torcida aguarda, entre lampejos de fé e frustrações, um futuro melhor que ainda se mostra distante.
Artigo por: Jhonathan Lago