A tradicional subida da serra – ao final de cada viagem para o litoral – costuma trazer consigo coisas estranhas que acabam visitando com frequência os consultórios médicos. É a subida da serra, mas poderíamos muito bem chamar de subida das encrencas e bichos que pegamos e trazemos lá da praia.
Uma dessas criaturas do mal que pode vir junto com a sua bagagem é o famoso e mal fadado bicho geográfico.
Cientificamente chamado de Larva migrans cutânea, é um desses parasitas de pele que dependem dos nutrientes do organismo da pessoa para sobreviver. Presente no intestino de cães e gatos, o bicho geográfico costuma ser transmitido pelo contato do ser humano com as fezes desses animais, o que costuma acontecer com certa facilidade nas areias de nossas praias. Inicialmente aparece uma lesão vermelha e saliente na pele, no local onde a larva penetrou. Em seguida, a pessoa costuma sentir intensa coceira acompanhada de linhas tortuosas pela pele, que denunciam o caminho percorrido pelo bicho.
Apesar da chatice dos sinais e sintomas, o tratamento é bastante simples, com o emprego de vermífugos e medicamentos para aliviar o desconforto na pele.
A prevenção era para ser simples, mas costuma ser ignorada por grande parte dos donos desses bichanos: deixá-los bem longe da areia da praia é mais do que imprescindível, assim como: realizar a profilaxia periódica com antiparasitários prescritos pelo médico veterinário.
Infelizmente basta uma rápida visita ao litoral para perceber a presença, nas areias, dos bichos humanos, proprietários dos bichos caninos, donos dos bichos geográficos.
Legal, né?
Pense nisso, se cuida e até a próxima.
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