Dor de ouvido é uma dessas coisas ingratas da vida.
Ninguém merece.
E é bem nessa época quente do ano que as otites costumam saltar e cair de paraquedas nos hospitais e consultórios.
De longe, os que mais sofrem são os pequenos. Em parte porque são os que mais usam, extrapolam e abusam da água no verão. Em parte, por conta da anatomia de seus ouvidos, favorável ao acúmulo de água em seu interior.
Praia, piscina, tanque, rio, lagoa… os mergulhos uma hora ou outra podem levar sujidades para dentro dos ouvidos, quase sempre acompanhadas de todo tipo de bicho (bactéria, fungo, vírus…).
O resultado pode ser desde uma simples inflamação do ouvido (acompanhada de dor e de inchaço do conduto auditivo), até uma severa infecção com presença de febre alta. Uma condição ainda pior é a chamada otite supurada, na qual a infecção é tão severa que o tímpano pode extravasar secreção purulenta.
Num mundo ideal, protetores auriculares dariam conta do recado. Na prática, a prevenção mesmo acontece na base da oração…
Quando a otite se instala é quase mandatório afastar a pessoa da água (subentenda-se mergulhos aquáticos e pluviais ou saltos ornamentais ao melhor estilo olímpico). Além disso, é importante evitar pingar coisas estranhas no ouvido (azeite, detergente, medicamentos orais). Outrossim, não invente moda com cotonetes: na maioria das vezes eles só servem para compactar e aprisionar a sujeira lá no fundo do ouvido, prolongando ainda mais o sofrimento.
Por fim, evite a automedicação.
Não coloque em risco a sua audição, consulte um médico.
Sempre.
Pense nisso, se cuida e até a próxima.
“
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